sábado, 13 de agosto de 2011

Alemã tem doença causada pelo muro de Berlim

O vilarejo todo era como uma prisão. Não importava onde você ia, você tinha de ver o muro, diz Gitta. Foto: BBC Brasil
Uma moradora de Berlim foi diagnosticada com Mauerkrankheit, ou "doença do muro ''.

resultado de viver por muito tempo perto do muro erguido há 50 anos, em agosto de 1961, e que

dividiu a cidade alemã durante quase três décadas

O muro de Berlim dividiu uma cidade, famílias e deixou em algumas pessoas uma sensação de


confinamento cujos resquícios ainda persistem em 2011. Gitta Heinrich, que morava nas

proximidades do muro, atualmente não tem muros em volta de sua casa em Berlim. As cercas

são de árvores e arbustos e, dentro de sua casa, as portas ficam abertas entre as salas.

Heinrich evita até hoje espaços fechados com multidões. A alemã vive no vilarejo de Klein-

Glienicke, nos limites da capital alemã. O vilarejo, em 13 de agosto de 1961, se transformou em

um lugar estranho quando o arame farpado foi desenrolado, isolando a casa de Heinrich de

outras que ficavam apenas na outra rua.

Quando o muro ficou pronto, Klein-Glienicke se transformou na ilha da Alemanha Oriental na

Berlim Ocidental. A divisa entre a zona soviética e a zona americana fazia um ziguezague naquela

parte de Berlim, perto de Potsdam.

Devido à excentricidade da rota, o muro bloqueou um lado da rua de entrada do vilarejo, deu a

volta em Klein-Glienicke e foi parar no outro lado da rua de entrada. Do lado de fora, ficava a

Alemanha Ocidental; dentro, era a Alemanha Oriental. "O vilarejo todo era como uma prisão.

Não importava onde você ia, você tinha de ver o muro", diz Gitta.

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